Hoje, nós da indústria gráfica comemoramos não apenas o nosso dia, mas séculos de evolução tecnológica e muito esforço até termos a praticidade em impressão que temos atualmente. Por muito tempo, os registros humanos ficavam documentados em materiais escritos ou entalhados à mão, processos que impediam que uma obra textual pudesse ser veiculada em massa.
Foi durante o final do século II d.C., que os chineses desenvolveram um método ainda arcaico, mas mais eficiente de criar seus impressos – já que já tinham os papéis e as tintas. Eram feitas placas de mármore (400 anos depois, substituído pela madeira), onde se aplicava a tinta, e em seguida, se pressionava a placa contra o papel. Familiar, não? Pense nessa placa como um carimbo gigante.
Já no século XI, um alquimista chinês, Pi Cheng, criou o que seriam os primeiros tipos móveis: letras que poderiam ser rearranjadas para formarem diferentes textos. Infelizmente, seu projeto acabou passando despercebido e não se popularizou.
No século VIII, o método se tornou uma forma de barganha entre chineses e árabes, mais como um serviço prestado do que a venda do método em si.
Enquanto isso, no mundo ocidental, os impressos foram ganhar vida apenas em meados do século XV, com os experimentos do alemão Johannes Gutemberg, ao testar caracteres, letras, em alto relevo ao invés de esculpidas para “imprimir” em papel. O experimento deu origem à sua primeira impressão, feita de 1450 a 1455: uma bíblia, inteiramente impressa. Seu sucesso se deu pelo aprimoramento do método, criando não apenas os tipos, separados e propostos de trás para frente (para que saíssem na perspectiva correta no papel), mas uma máquina que trouxesse uma forma de mais rapidamente rearranjar os tipos, e rapidamente prensá-los contra o papel. Começou, assim, a era da impressão tipográfica, que tornou livros e outros materiais contendo conhecimentos mais acessíveis, embora que ainda restritos aos mais abonados da sociedade.
Esse método foi utilizado até o século XIX, quando as impressões agora iam além de livros, mas chegavam também aos jornais, impressos mais simples que transmitiam notícias atuais para a população.
De lá pra cá, a tecnologia evoluiu drasticamente, até o ponto em que estamos agora – a impressão gráfica é ultra-veloz, precisa, eficiente e estamos entrando até em uma nova era: a das impressões 3D.
Onde vamos chegar, apenas o futuro dirá – mas se o curso da história nos ensinou algo, é que há sempre espaço para inovação, seja no setor gráfico, ou em qualquer outro.
É com essa pincelada na história de nossa profissão que gostaríamos de homenagear a todos que trabalham na indústria gráfica: vocês movem a informação, de página em página, ao redor do mundo!
Parabéns pelo nosso dia! <3
Texto por André Schelgshorn
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